24.9.04

A urgência

O que é que eu tenho de urgente para vos dizer? Uma confissão. Um desabafo. O exorcismo de um fantasma poderoso. Quero dizer-vos que, às vezes, o amor acaba. Pura e simplesmente. Sem motivo. Sem terceira pessoa envolvida ou hábitos perniciosos de cortar as unhas dos pés na cama, por exemplo. Não. Acaba, chega ao fim, morre, fica sem bateria, pifa, vai abaixo, desfalece, cai, tropeça e não se levanta mais.
E, muitas vezes, a pergunta que o abandonado mais faz - perante o anúncio da ruptura - "Porquê? Porquê?", não tem mesmo resposta, não faz mesmo sentido, e seria até mais lógica na cabeça do outro. Do que se vai embora. LFB