Quantas cadeiras são precisas?
A coisa nasceu assim: queremos fazer teatro que fale das nossas vidas com as nossas palavras. Queremos tomar conta do que fazemos e dizemos. Queremos falar do que queremos e não queremos. Queremos escrever o que não pode esperar para mais tarde e só pode ser dito hoje. É verdade. Queremos muita coisa. Mas é disso mesmo que se trata: de termos vontade.
A coisa nasceu assim, à volta de uma mesa com duas cadeiras onde eu e o Nuno Artur Silva nos sentámos. Não demorou quase nada até essa mesa estar rodeada de outras cadeiras. Convidámos um grupo de autores a sentar-se connosco. E lançámos uma pergunta: o que é que tens de urgente para me dizer?
Andámos à volta da mesa a ouvir respostas, depois a lê-las. Arranjámos ainda mais cadeiras para pôr à volta da mesa onde os actores vieram sentar-se. As urgências começaram a ser lidas em voz alta. E juntámo-nos tantos, que a sala onde estava a mesa à volta da qual isto tudo nasceu já era pequena para tanta gente.
O Teatro Maria Matos estava fechado. Depois de algumas voltas, de algumas lutas, da vontade de tanta gente, nossa e de quem tens as chaves do teatro, as portas abriram-se. Começámos por olear as dobradiças das portas. Nos primeiros dias faziam muito barulho. Mas já tínhamos uma casa com espaço para todos.
O que encontrámos no primeiro dia de ensaios foi um teatro despido dos panos, da parafernália técnica, dos pormenores que lhe dão o aspecto de um lugar de ilusões. É precisamente numa casa assim, um teatro nu, que queremos construir este espectáculo feito de urgências. E desejamos que o público deste espectáculo possa ver a carcaça do teatro, aquilo que quase sempre é escondido em nome da ilusão: as cordas, as portas, as varas, os projectores, os fios, os bastidores, a realidade.
Depois olhámos para o calendário e tínhamos apenas um mês para montar um espectáculo. Chama-se “Urgências” e são sete peças curtas. Quatro diálogos e três monólogos com cerca de quinze minutos de duração. Serão, de forma assumida, esboços de peças. Se fossem pintura, seriam gravuras em vez de óleos. Vai estrear a 15 de Outubro e lá estaremos todos, numa sala maior, sentados nas nossas cadeiras à volta das nossas urgências. Só falta saber quantas cadeiras são precisas para vocês, os que nos virão visitar.
A coisa nasceu assim, à volta de uma mesa com duas cadeiras onde eu e o Nuno Artur Silva nos sentámos. Não demorou quase nada até essa mesa estar rodeada de outras cadeiras. Convidámos um grupo de autores a sentar-se connosco. E lançámos uma pergunta: o que é que tens de urgente para me dizer?
Andámos à volta da mesa a ouvir respostas, depois a lê-las. Arranjámos ainda mais cadeiras para pôr à volta da mesa onde os actores vieram sentar-se. As urgências começaram a ser lidas em voz alta. E juntámo-nos tantos, que a sala onde estava a mesa à volta da qual isto tudo nasceu já era pequena para tanta gente.
O Teatro Maria Matos estava fechado. Depois de algumas voltas, de algumas lutas, da vontade de tanta gente, nossa e de quem tens as chaves do teatro, as portas abriram-se. Começámos por olear as dobradiças das portas. Nos primeiros dias faziam muito barulho. Mas já tínhamos uma casa com espaço para todos.
O que encontrámos no primeiro dia de ensaios foi um teatro despido dos panos, da parafernália técnica, dos pormenores que lhe dão o aspecto de um lugar de ilusões. É precisamente numa casa assim, um teatro nu, que queremos construir este espectáculo feito de urgências. E desejamos que o público deste espectáculo possa ver a carcaça do teatro, aquilo que quase sempre é escondido em nome da ilusão: as cordas, as portas, as varas, os projectores, os fios, os bastidores, a realidade.
Depois olhámos para o calendário e tínhamos apenas um mês para montar um espectáculo. Chama-se “Urgências” e são sete peças curtas. Quatro diálogos e três monólogos com cerca de quinze minutos de duração. Serão, de forma assumida, esboços de peças. Se fossem pintura, seriam gravuras em vez de óleos. Vai estrear a 15 de Outubro e lá estaremos todos, numa sala maior, sentados nas nossas cadeiras à volta das nossas urgências. Só falta saber quantas cadeiras são precisas para vocês, os que nos virão visitar.
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