17.10.04

Contrariar a superstição

É das primeiras coisas que aprendemos quando começamos a fazer teatro. A superstição. Não se agradece a quem deseja merda. Não se diz a palavra azar. Entra-se no palco com o pé direito. Quando se deixa cair o texto no chão do palco, devemos levantá-lo do chão com a mão direita e passá-lo para a mão esquerda. Não se assobia nos camarins. Não se deixam as gavetas dos camarins abertas. O segundo dia de espectáculo é sempre mau ou, pelo menos, pior que a estreia.
Acabo de chegar a casa depois da segunda noite de exibição das Urgências. Não sei se foi por causa da urgência com que subimos ao palco, mas a verdade é que contrariámos a superstição. Foi melhor que na estreia. E terça feira estaremos de volta para fazer ainda melhor e mais urgente. De terça a sábado, às 21h30, até 30 de Outubro. Cada vez mais urgente. TR

2 Comments:

Blogger JP said...

E que grande noite foi a de hoje... Se eu tivesse ido ontem à estreia podia comentar se tinha sido melhor, mas acho que no máximo dos máximos teria sido igual. Grande presença em palco, Tiago, de todos, mas a tua dimensão dramática esteve ao rubro no texto da minha amiga Sus. É urgente dizer que até 30 de Outubro as Urgências sejam como as de hoje!

17 de outubro de 2004 às 02:48  
Blogger lénia rufino said...

olá a todos. estive na estreia, num lugarzinho perdido na penúltima fila. gostei muito, muito, muito. gostei especialmente do "ctrl+alt+del" (que me tinham dito que era a menos boa - não achei nada!) e do "problemas de agenda". e gostei também muito do "sexo e nada de sexo". gostei muito (mesmo muito) da interpretação do marco d'almeida, cujo trabalho já conhecia. não gostei assim tanto da interpretação da cláudia jardim, por me parecer demasiado "teatralizada". acho que o elenco está excelente. e o entrosamento das peças entre elas. e o ambiente. há muito tempo que não gostava tanto de uma peça de teatro. obrigada!!

20 de outubro de 2004 às 11:04  

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